11 de set. de 2010

OSTEOPOROSE EM HOMENS: VOCÊ PODE PREVENIR


Hábitos simples  podem prevenir a osteoporose

É uma doença esquelética sistêmica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao consequente aumento do risco de fraturas. É considerada a doença da criança que se manisfesta na fase adulta.
A hereditariedade, dieta, hormônios sexuais, atividades físicas, estilo de vida e uso de alguns medicamentos, influencia a qualidade do osso. Os homens têm ossos maiores e mais largos que mulheres; a osteoporose é menos comum neles do que nelas.
Apesar de a osteoporose ser mais comum na mulher do que no homem, estima-se que entre 1/5 a 1/3 das fraturas do quadril aconteçam em indivíduos do sexo masculino. Dezessete por cento dos homens que atingem a idade de 90 anos podem ter uma fratura do quadril; um homem branco tem 25% de probabilidade de sofrer uma fratura relacionada à osteoporose nos anos subseqüentes de sua vida.
Os homens têm maior probabilidade de falecer ou sofrer de incapacidade crônica após uma fratura de quadril, do que a mulher. Também podem sofrer fraturas debilitantes da coluna, punho e outros ossos.
Atualmente, cerca de dois milhões de homens americanos têm osteoporose e outros três milhões estão em risco de tornarem-se osteoporóticos.
O aparecimento da osteoporose no homem pode originar da: diminuição da atividade física, da ingestão e absorção do cálcio e dos níveis da testosterona, o hormônio sexual masculino.
O tratamento para a osteoporose consiste em identificar e tratar a causa específica da perda óssea. O regime alimentar deve conter uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D; exercícios físicos são parte do tratamento.
O uso de medicamentos segue os mesmos princípios do tratamento das mulheres; terapia de reposição de testosterona pode ser prescrita para um homem com baixo nível deste hormônio, sempre se levando em conta seus benefícios e possíveis efeitos colaterais.
Assim como para as mulheres a prevenção da osteoporose é muito importante: deve-se evitar fumo, abuso de café e bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas que aumentem a massa óssea e auxiliem a prevenção de quedas e ter uma dieta balanceada de cálcio e vitamina D.
A dosagem da vitamina D é um importante marcador para diagnóstico laboratorial na investigação da osteoporose e apresenta-se de duas formas, a D3 e D2. Esta vitamina é fundamental para homeostase do cálcio, fósforo e para saúde musculoesquelética.
A vitamina D3 (colecalciferol) é um esteróide sintetizado na pele através da radiação ultravioleta a partir do 7 dehidrocolesterol. É encontrada também em alguns alimentos como óleo de peixe, gema de ovo, entre outros.
A vitamina D2 (ergocalciferol) é um hormônio esteróide sintetizado a partir do ergosterol (fúngico), pouco disponível naturalmente nos alimentos, mas usado como suplemento. Quando ingerida é transportada para o fígado onde vai sofrer a primeira hidroxilação no carbono 25, convertendo-se a 25 hidroxivitamina D.
A dosagem da vitamina D3 - 25 OH é o principal e melhor marcador para avaliação da insuficiência, deficiência e toxidade exógena da vitamina D no organismo. Sua meia vida é de 2 a 3 semanas.
A vitamina D 25 OH, sofre mais uma hidroxilação nos rins e é convertida em 1,25 vitamina D. Porém, esta,  não é um bom marcador para avaliar o estoque da vitamina D, pelo fato de sua meia vida ser de apenas 2 a 6 horas, além de sua concentração ser inferior 1000 vezes do que a vitamina 25 OH.
Recentemente, um consenso internacional estabeleceu que os pacientes que estiverem com a concentração da vitamina D3 - 25 OH, inferior a 32ng/mL devem ser tratados.
É importante lembrar que individuos que estiverem em reposição de vitamina D, devem associar a terapia, o banho de sol diário no período da manhã ou final da tarde.
A avaliação laboratorial completa para investigação do metabolismo ósseo é: cálcio iônico sérico, cálcio urinário, fósforo sérico e urinário, fosfatase alcalina total e fração óssea, e dosagens de vitamina D 25 OH, paratormônio (PTH), uréia, creatinina, TGO/TGP/gama GT.
É claro que todo esse perfil deve ser acompanhado de exames clínicos e de imagem para que se possa ser concluído o diagnóstico de osteoporose.
A osteoporose não tem cura, mas tem prevenção e tratamento.

Para manter uma boa saúde óssea e se prevenir da osteoporose, é importante que se consiga uma boa reserva de osso até 30 anos de idade, reduza ao máximo os fatores que aceleram a perda da massa óssea, pratique exércicos físicos, mantenha a ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
Procure o médico, faça sua avaliação laboratorial completa.
Previna-se e tenha uma vida saudável.