3 de set. de 2011

Os uniformes dos profissionais de saúde são um “poço” de contaminação

Usar jalecos hospitalar em ambiente alimentar é um verdadeiro absurdo

Imagine vocês, mais de 60% dos uniformes dos profissionais da área de saúde de um hospital deram positivos para bactérias de alto risco à população, de acordo com a publicação do American Journal of Infection Control.
Pesquisadores do Shaare Zedek Medical Center, em Jerusalém (Israel), liderado por Yonit Wiener-Well, coletaram amostras - dos bolsos e da zona abdominal onde terminam as mangas - de três peças dos uniformes de 75 enfermeiros e 60 médicos.
Eles descobriram que 65% dos uniformes dos enfermeiros e 60% dos uniformes dos médicos, abrigavam patógenos. Desses, 21 culturas de uniformes dos enfermeiros e seis culturas de uniformes dos médicos continham patógenos multirresistentes, incluindo oito culturas que cresceram com Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Embora os uniformes em si não constituam um risco direto de transmissão da doença, estes resultados indicam uma prevalência de cepas resistentes a antibióticos em estreita proximidade com pacientes hospitalizados.
No Brasil, outras pesquisas revelaram números bem mais alarmantes e o descaso por parte dos profissionais é ainda pior.
O que mais se vê, são profissionais desfilando pelas ruas com os seus jalecos de um lado para o outro, como se fosse desfile de roupa de grife, principalmente, se a área for hospitalar, sem nenhum cuidado com o risco de transmissão de microorganismos.
Vale ressaltar que independente de ser roupa hospitalar ou não, existe um potencial de contaminação com microorganismos diversos, por isso, as medidas preventivas para reduzir os risco de transmissão são extremamente importantes. O simples ato de lavar bem as mãos, lavar os jalecos com maior freqüência, são excelentes para conter a propagação dos micróbios. O risco de morte existe e o tratamento é caro.
Importante também lembrar que não são somente as vestimentas hospitalares, mas os equipamentos como estetoscópio, e outros instrumentos utilizados por profissionais da área de saúde, devem permanecer restrito ao local de trabalho.
Alguns centros urbanos já existe lei o uso de jaleco em área que não seja o ambiente de trabalho, e aqueles que desrespeitarem a lei, pagarão multa em dinheiro.
Apesar de alguns profissionais especialistas acharem que não existem evidências que confirmem isso, toda medida de prevenção é sempre o melhor tratamento.
Não sejamos Pilatos, mas vamos lavar as mãos minha gente!

2 de set. de 2011

Mais um beneficio do tão cobiçado doce: o chocolate

Recente estudo de revisão liderado por Dr. Oscar Franco e colaboradores, da Universidade de Cambridge, publicado no British Medical Journal, afirma que comer chocolate pode reduzir os riscos em desenvolver problemas cardíacos em pelo menos um terço
O chocolate contém nutrientes essenciais para dar energia, bom humor e prevenção da insônia. Alguns destes nutrientes estão ausentes em boa parte da dieta e os cientistas acreditam que o chocolate é sua principal fonte.
Dentre os vários nutrientes contidos no chocolate, existe uma substância que estimula os batimentos cardiácos, e que é responsável pelo prazer chamada serotonina.
Várias pesquisas têm mostrando que comer chocolate influência de maneira positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. É lógico que esses efeitos incluem a redução da pressão arterial e melhora da sensibilidade à insulina.
Cinco estudos comprovaram uma ligação benéfica entre os níveis mais elevados de consumo de chocolate e o risco de eventos cardiovasculares. Eles mostraram que o consumo mais elevado foi associado com uma redução de 37% em doenças cardiovasculares e diminuição de 29% em casos de Acidente Vascular Cerabral (AVC).
Nas pesquisas os experimentos não diferenciaram entre chocolate ao leite ou meio amargo e incluíram consumo de barras de chocolate, bebidas achocolatadas, sobremesas e biscoitos à base de chocolate.
É sempre bom observar antes de conclusão, quem são os financiadores dessas pesquisas, pois todos nós sabemos que muitos deles têm interesses na boa imagem do produto no mercado.
Muitos outros estudos devem surgir para decifrar as verdades sobre o doce mais apreciado entre os povos do mundo inteiro.
Aqueles que são loucos por chocolates devem ter cautela ao interpretar os resultados dessas pesquisas, pois todos sabem que o chocolate tem o teor calórico muito grande e pode causar danos a saúde quando consumido em excesso, como por exemplo, obesidade, alterações cardíacas, diabetes, entre outras.

28 de ago. de 2011

Cuidado com o que entra pela boca

Quando se fala que devemos lavar as mãos antes de ingerir qualquer alimento, antes de sentar à mesa, várias pessoas acham que é pura frescura. Mas não é

As bactérias estão em todos os lugares lado a lado com a gente. O risco de se infectar numa simples garfada é muito alto. As infecções por alimento contaminado são mais comuns do que se imagina.
A Salmonella e a Escherichia coli, são as bactérias mais conhecidas e as principais causadoras de infecções intestinais, levando a sérios quadros de diarréia, vômitos e dores abdominais. Existem outras bactérias que também causam infecção intestinal, porém, em menor frequência.
As bactérias produzem toxinas no alimento gerando intoxicação, quando elas são produzidas no organismo hospedeiro (pessoa que ingeriu o alimento contaminado), chamamos de infecção. Cada uma tem sua forma característica de causar doença no indivíduo e diferentes formas de transmissão.
Na intoxicação os sintomas geralmente aparecem rapidamente, já na infecção o período de incubação é mais longo, pois a bactéria precisa de um tempo maior para se multiplicar no organismo. Em ambos é necessário atenção, pois podem ser transmitido à outras pessoas. O quadro clínico pode aparecer de 6 a 16 horas após a ingestão do alimento contaminado, podendo variar.
Os alimentos que são servidos devem ser bem cozidos, limpos e, após levar à mesa, não deve permanecer na temperatura ambiente por muito tempo. As sobras devem ser prontamente refrigeradas e não precisam esperar esfriar para serem levados à geladeira. Alimentos que não são bem cozidos, aqueles que apresentam  coloração avermelhada no centro, são um risco para a saúde, podendo ali ter um foco de infecção perigoso.
Alimentos de origem animal, principalmente, frango, hamburgeres, ovos, entre outros, devem ter sempre atenção especial quanto ao cozimento, antes do seu preparo devem ser bem lavados.
O ambiente onde são manipulados os alimentos devem ser bem higienizados após preparo e antes de ser guardado, como facas, tábuas, etc.
Lavar as mãos entre a preparação de alimentos diferentes  é obrigatório e ajuda a evitar contaminação.
Qualquer um de nós pode “pegar” uma intoxicação ou infecção alimentar e a depender do estado imunológico de cada um, a resposta à invasão bacteriana pode variar de indivíduo para indivíduo. Logo, a fiscalização dos ambientes onde consumimos alimentos e das pessoas que manipulam a comida são fundamentais à boa saúde.
É obrigatório que todas as pessoas que manipulam alimentos façam exames de sangue, fezes, urina e raspados das unhas periodicamente.
Não é permitido aos que manipulam alimentos, uso de brincos, anéis, adereços, cabelo solto, sapatos abertos... O uso de equipamentos de proteção individual é obrigatório, como, luvas, avental, gorro, máscaras...O acesso a área de manipulação dos alimentos é restrito.
A Vigilância Sanitária é o orgão responsável pela fiscalização desses ambientes.
Na minha experiência profissional em laboratório, já isolei microorganismos dos mais diversos, em pessoas que manipulam alimentos, desde Tricócefalos (tipo de parasita intestinal) e fungos em raspado de unha, Salmonelas e Shigelas (tipo de bactérias) isolado em material fecal, dentre várias outras enfermidades.
Todas as infecções levam risco à saúde humana, devendo ser diagnosticada em tempo rápido e ser introduzido o tratamento com antibióticos o mais rápido possível, quando necessário, além da hidratação é claro.
É importante alertar que todo cuidado com o que levamos à boca é indispensável para uma vida saudável.