17 de jun. de 2011

A sua manicure e podóloga são capacitados para tal?



Todo mundo um dia usou ou usa os serviços de manicures e podólogos. Se pararmos para avaliar, veremos que todo o salão tem manicures em série. A sensação que dá é que pessoas sem nenhum tipo de capacitação podem dizer que são manicures e podólogos fazer as unhas dos clientes.
Em qual salão de beleza nós verificamos o curso de habilitação para estes profissionais? Será que elas sabem dos riscos que estão correndo em relação ao contágio de várias doenças? E o quanto se coloca em risco a saúde dos clientes e deles mesmos. Será que elas sabem que é obrigatória a vacinação contra as hepatites B e C, por exemplo? Quantas vezes questionamos se o aparelho esterilizador (autoclave) que em alguns salões de beleza deixam a vista dos clientes sofrem revisões regulares?
Pois, um estudo realizado pela enfermeira do Hospital Emilio Ribas, em São Paulo, Andréia Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, mostrou que 81% das manicures não se previnem em relação às hepatites. Mais de 55% não sabiam que as doses das vacinas são distribuídas gratuitamente nos postos de saúde para profissionais da área e que inclui as manicures e podólogos.
O estudo mostrou ainda que 74% dos profissionais não lavam as mãos entre o atendimento de um cliente e outro. Além disso, a maioria não efetuava a esterilização adequada e uma grande parte (74%) das manicures não sabiam a forma de transmissão da hepatite.
Como podemos perceber, estamos a mercê de profissionais totalmente despreparados. Os salões e institutos de beleza devem primar pela seleção, capacitação de seus profissionais. Essa realidade encontrada pela pesquisadora do Emilio Ribas não é exclusiva. Certamente, no imenso Brasil a fora, a coisa deve ser bem pior.
Devemos ser mais do que clientes, devemos ser fiscais desses serviços e denunciar aos órgãos competentes como a Vigilância Sanitária, toda vez em que suspeitarmos de serviços desqualificados. Levar seu material de consumo dentro da bolsa não resolve a questão. Podemos perceber que a problemática vai muito além das ferrramentas de trabalho.
Fica aqui o alerta, ao sentarmos com a nossa manicure ou podólogo existe sempre o momento de bate-papo. E conversa vai, conversa vem, vamos indagando sobre os conhecimentos dele (a). É lógico que a intenção não é prejudicar nenhum profissional e sim fazer com que tenham consciência dos riscos que correm e estão colocando os clientes e irem em busca de proteção à saúde.

16 de jun. de 2011

Opção sexual não pode ser mais critério de seleção para doar sangue


A portaria do Ministério da Saúde do Brasil (MS) de nº 1.353 determinou que não pode haver no processo de seleção de doadores de sangue manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, raça, cor e etnia.
Indivíduos que têm entre 16 e 17 anos, mediante autorização dos responsáveis e idosos até 68, agora também podem doar sangue. Antes a faixa era de 18 a 65 anos. Com as novas medidas, o MS espera que mais 14 milhões de brasileiros sejam incentivados a serem doadores. Espera-se que o Brasil saia das atuais 3,5milhões de bolsas por ano para 4 milhões. Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende 5,7 milhões de bolsas ao ano.
Ainda bem que o MS regulamentou o processo de doação no Brasil, acredito que com essa nova regra o número de doadores aumente e acabe ou minimize a deficiência nos reservatórios dos bancos de sangue existentes em todo o Brasil, principalmente, em épocas festivas.
Acho ainda que o MS devesse capacitar todos os hemocentros do país, com infra-estruturas adequadas e profissionais qualificados, além de abastecer com material de alta qualidade, como por exemplo, kits para checagem da qualidade das bolsas de sangue para oferecer mais segurança a quem recebe o sangue. E também inserir na rotina dos bancos de sangue testes laboratoriais seguros e de alta sensibilidade e especificidade, no intuito de evitar resultado falso-negativo para os diversos parâmetros como HIV, hepatites, Sifilis, entre outros. Testes moleculares que diminuam a conhecida “janela imunológica” (período em que o vírus não é detectado no sangue).
Não posso imaginar alguém indo ao hemocentro doar sangue e sendo excluído por opção sexual ou qualquer outro tipo de exclusão que não vai interferir na qualidade do sangue. Acho um passo importante do MS barrando mais essa discriminação.
Discriminação é coisa antiga!

12 de jun. de 2011

Exame hormonal de sangue pode prever sucesso na reprodução assistida


Níveis sanguíneos do hormônio anti-mülleriano (AMH) pode ajudar a prever o número de óvulos a serem colhidos durante o processo de fertilização assistida
O hormônio anti-mülleriano (AMH) contribui na regulação do crescimento de pequenos folículos nos ovários. A quantidade de folículos existente no momento do tratamento de fertilização vai depender muito dos níveis do AMH.
Pesquisa recente por Blazar e Lambert-Messerlian mediram os níveis de AMH em 190 pacientes de fertilização in vitro, com idades entre 22 e 44 anos, no início e no final do processo preparatório de estimulação do hormônio folicular. Contaram os ovos colhidos e, em seguida e mensuraram as concentrações do hormônio anti-mülleriano. Depois fizeram uma ecografia para confirmar a gravidez.
O estudo mostrou que as mulheres com níveis baixos de AMH no primeiro teste produziram uma média de seis ovos, enquanto as mulheres que tiveram três vezes mais de AMH produziram cerca de 20 ovos.
Este exame hormonal pode ser realizado antes ou durante o processo de fertilização assistida e ajudaria ao médico a orientar aos casais sobre a probabilidade de sucesso.
Alguns estudos não associam os níveis de AMH e sucesso da gravidez, logo, mulheres com níveis baixos de AMH não devem desistir do sonho de ser mãe.
A dosagem do AMH está disponível nos laboratórios de todo o Brasil, através de metodologia já bem definida.