2 de dez. de 2010

Azeite de dendê pode fazer bem a saúde


O azeite de dendê, um importante ingrediente da culinária baiana pode reduzir os niveis de colesterol e triglicerideos, afirma pesquisa
Estudo realizado na Bahia e publicado em revista científica internacional revela que o azeite de dendê, ingrediente importante na culinária baiana e que dá um sabor todo especial aos mais diversos pratos, quando usado na quantidade certa e cozido no tempo mínimo pode fazer bem à saúde.
A pesquisa revelou que o azeite da culinária baiana pode diminuir os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.
Por duas semanas, um grupo de jovens na faixa dos 20 anos, sem taxas elevadas de gordura no sangue nem sobrepeso, tomou o equivalente a duas colheres de chá de dendê por dia. O óleo era fervido por cinco minutos antes de ser ingerido.
O resultado foi surpreendente para os pesquisadores: a taxa de colesterol total caiu 4%, e a de triglicerídeos, diminuiu 11%, mas os pesquisadores alertam que para fazer bem, o dendê deve ser usado sem exagero.
A pesquisadora Ana Marice Ladeia, orienta que é importante que ele seja adicionado aos alimentos no final, levando o mínimo de tempo de cozimento.
Aliás, toda baiana ou baiano que gostam de cozinhar sabem disso. Sabem também que o produto é de primeira necessidade na culinária local e que deve ser usado com moderação e ser adicionado aos pratos no final, apenas para dar o "gosto e a cor", pois o exagero pode levar a outras complicações.

28 de nov. de 2010

Alimentos industrializados com menos gordura trans

 Indústrias de alimentos reduziram a gordura trans dos alimentos
A gordura trans é a gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial. "Algumas carnes e o leite já têm essa gordura, mas em pequena quantidade. A gordura vegetal hidrogenada faz parte do grupo das gorduras trans e é a mais encontrada em alimentos.
Em 1950, ela começou a ser usada como alternativa à gordura de origem animal, conhecida como gordura saturada. Naquela época acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde.
Mas estudos posteriores descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada, que também aumenta o colesterol total e não diminui os níveis de colesterol HDL no organismo. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias.
Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade. O grande desafio atual da indústria é encontrar uma alternativa mais saudável à gordura trans, sem que os alimentos percam suas propriedades.
Recentemente, a indústria de alimentos conseguiu reduzir o teor dessa gordura nos alimentos industrializados para números dentro dos limites recomendados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Segundo o Ministério da Saúde, as metas foram estabelecidas em 2007 e previam redução para até 5% de gordura trans no total de gorduras em alimentos processados, e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas.
Nas categorias de margarinas, cremes vegetais, bolos e biscoitos, no entanto, o ministério afirmou que os resultados foram "menos expressivos".
Essa meta de redução de gordura trans nos alimentos foi estabelecida a partir do Fórum da Alimentação Saudável realizado em 2007 pelo Ministério da Saúde (MS) e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).
Outras metas estão previstas como a redução do teor de sal por exemplo. O Ministério da Saúde pretende reduzir o consumo de sal da população brasileira pela metade até o ano de 2020.
Segundo a associação, com a redução cerca de 230 mil toneladas de gordura trans deixaram de ir para os alimentos em 2009, quando comparada com o ano de 2008.

Sal híbrido no combate à malária


Pesquisadores da Fiocruz/Farmanguinhos desenvolvem um tipo de sal que atua no combate da malária
O sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo resultante da combinação de duas substâncias: artesunato e mefloquina que esta sendo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocrtuz.
O novo fármaco representa uma evolução no tratamento da malária, que é a doença que mais mata no mundo.
Atualmente, é produzido o ASMQ, formulação em dose fixa combinada de artesunato e mefloquina, medicamento mais indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da malária.
No intuito de aliviar os efeitos colaterais do medicamento, pesquisadores da área de síntese orgânica do Instituto, liderados pela pesquisadora Núbia Boechat, vem trabalhando no novo sal híbrido e obtendo excelentes resultados.
Estudos têm mostrado que o Mefas é mais eficaz contra a malária do que os medicamentos artesunato e mefloquina, tanto usados separadamente quanto sob a forma do ASMQ.
De acordo com testes realizados em animais, o Mefas consegue curar a malária com metade da dose do ASMQ.
Segundo a pesquisadora Dra. Núbia Boechat, a meta agora é encontrar um parceiro - empresa farmacêutica ou entidade financiadora internacional - que viabilize a realização dos estudos finais para efetivar o registro do medicamento.
Daí, o medicamento será disponibilizado para a população com a doença através do Sistema Único de Saúde (SUS) e também para outros países endêmicos.