22 de set. de 2010

Colesterol nem alto nem baixo: Os dois extremos trazem danos à saúde humana.

Evite várias patologias controlando os níveis de coleterol no sangue.
O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) encontrada naturalmente em nosso organismo, fundamental para o funcionamento normal. É o componente estrutural das membranas celulares em todo nosso corpo e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. O organismo usa o colesterol para produzir vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Cerca de 70% do colesterol é sintetizado pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto os outros 30% vêm da dieta. Por isso, nem sempre somente a dieta consegue diminuir os níveis de colesterol no sangue.
Existe o colesterol HDL (High Density Lipoprotein), o conhecido como “bom” colesterol, o LDL (Low Density Lipoprotein), o conhecido “mau” colesterol. O colesterol HDL tem o papel de retirar o colesterol LDL da circulação sanguínea e transportá-lo para o fígado e lá ser metabolizado. O colesterol VLDL (Very Low Density Lipoprotein) que é uma subclasse de lipoproteína, com função de transportar lipídeos e na corrente sanguínea é convertido a colesterol LDL.
Vários fatores contribuem para elevação dos níveis de colesterol no sangue. Alguns podem ser controlados como, por exemplo, a dieta alimentar, exercício físico e outros não têm como controlar, que são os genéticos, sexo, idade.
O colesterol só é encontrado nos alimentos de origem animal como gema de avo, carnes, derivados do leite. Os alimentos de origem vegetal não têm colesterol.
Alguns fatores podem ajudar a controlar os níveis de colesterol no organismo:
Exercícios físicos aumentam os níveis do colesterol HDL e diminui o colesterol LDL;
Evitar o fumo;
Evitar uso abusivo de bebida alcoólica;
Controlar o estresse e pressão arterial;
Dieta balanceada;
Evitar a obesidade;
As crianças devem também dosar os níveis de colesterol no sangue, principalmente se existir histórico familiar.
Níveis elevados de colesterol no sangue normalmente não apresentam sintomas, às vezes o primeiro sinal é o ataque cardíaco, por isso é importante que todos os indivíduos realizem regularmente as dosagens laboratoriais do colesterol total e suas frações.
O nível desejado para o colesterol total no sangue é inferior a 200mg/dL para indivíduos adultos. Para o colesterol HDL, o ideal é que esteja superior a 40mg/dL e o colesterol LDL inferior a 100mg/dL. De acordo com o sexo e a idade do indivíduo os níveis podem variar. O médico saberá indicar os níveis ideais para manter uma vida saudável.
Quando o colesterol se encontra em excesso no organismo (hipercolesterolemia) e por algum distúrbio ele não é retirado da circulação sanguínea, é acumulado nas paredes das artérias, que levam sangue para os diversos órgãos e tecidos do corpo, podendo levar a arteriosclerose. Se esse acúmulo de gordura for nas artérias coronarianas, pode ocorrer dor no peito (angina) e infarto do miocárdio. Se o acúmulo for nas artérias do cérebro, pode levar a acidente vascular cerebral (derrame). Portanto, nível de colesterol elevado apresenta um fator de risco importante para desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O nível de colesterol não deve estar muito baixo, nem muito alto. Assim como ele muito elevado traz danos à saúde, alguns especialistas associam a baixa concentração a várias outras patologias, entre elas a maior incidência e mortalidade gerais do câncer.
Um estudo mostrou que, o nível de colesterol baixo pode ser um marcador de câncer não diagnosticado. Esse mesmo estudo, aponta que os níveis de colesterol HDL podem reduzir o risco de alguns tipos de câncer, segundo o Dr. Jacobs, PhD, diretor de farmacoepidemiologia da American Cancer Society.
No artigo publicado pelo professor R. Nelson, é mencionado que os atuais resultados dos estudos sobre os níveis baixos de colesterol devem ajudar a dissipar várias dúvidas de que o colesterol baixo pode causar câncer. É importante frisar, que todos os estudos são muitos recentes e muito ainda precisa ser pesquisado.
O colesterol, assim como o diabetes e a hipertensão, são problemas crônicos e exigem tratamento adequado e continuo. Por isso, verifique regularmente as suas taxas de colesterol, glicemia e os níveis de pressão arterial.
Siga as orientações do seu médico e tenha uma vida saudável!

20 de set. de 2010

Diabetes Mellitus: Quando não tratada e bem controlada mata

Diabetes Mellitus, mais conhecida como diabetes, é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (elevação de glicose no sangue) e associadas à complicações, disfunção e insuficiências de vários órgãos, especialmente, olhos, rins, cérebro, nervos, coração e vasos sanguíneos. O diabetes pode resultar de defeitos da ação e/ou secreção do hormônio produzido pelo pâncreas chamado insulina, envolvendo processos patológicos específicos como, por exemplo, destruição das células produtoras de insulina (células beta do pâncreas), resistência à ação da insulina, distúrbio da secreção da insulina, entre outros.
                                                               
Quando o pâncreas pára de produzir insulina (destruição das células beta) se instala a diabetes tipo 1, é mais comum em crianças, jovens ou indivíduos com menos de 30 anos. Quando a insulina tem a sua ação e secreção alterada, se instala a diabetes tipo 2, esta é a forma mais presente da doença, cerca de 95% dos casos. Existe também a diabetes gestacional que é a elevação dos níveis de glicose e diminuição da ação da insulina no período de gestação. Existem outros tipos de diabetes, porém, menos frequentes.
O diabetes é uma doença crônica, com incidência e prevalência crescente em nosso país. Hoje se estima que cerca de 11% da população acima de 40 anos tem a doença. Este número varia com a idade. Essa doença apresenta alta morbi-mortalidade com diminuição significativa da qualidade de vida dos portadores.
O número de indivíduos com diabetes tem aumentado a cada dia, devido ao crescimento e envelhecimento da população, a maior urbanização, a crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida de pacientes com a doença.
O critério de diagnóstico do diabetes foi modificado pela American Diabetes Association em 1997 e aceito pela Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Diabetes. A dosagem da glicemia no plasma sanguíneo pode diagnosticar a doença. Os valores de glicemia no sangue em jejum de 8 horas devem ser inferiores a 100mg/dL, entre 100mg/dL e 126mg/dL devem ser reavaliados com testes confirmatórios e valores superiores a 200mg/dL de forma casual (qualquer hora do dia independente das refeições), associados aos sinais e sintomas, já pode considerar diabetes.
A dosagem de glicose realizada em gota de sangue serve como triagem ou como monitoramento diário do tratamento, porém, o diagnóstico final deve ser realizado através da dosagem no plasma sanguíneo em laboratório de análises clínicas e avaliação médica.
No controle da diabetes além da dosagem da glicemia, tem a dosagem da hemoglobina glicada que representa a média das taxas de glicose incorporada à hemoglobina no período de 90 dias. A frutosamina, que representa as taxas de glicose ligada à proteína no período de 2 a 3 semanas, que pode ser usada também quando a hemoglobina glicada não puder servir de parâmetro no controle da doença por razões metodológicas, em pacientes com algum tipo de hemoglobinopatias, anemias. O médico saberá o momento de indicar a realização dos mesmos.
A existência de casos de diabetes na família aumenta o risco em desenvolvê-la.
Principais sintomas:
Sede exagerada;
Boca seca;
Aumento no volume de urina;
Cansaço excessivo;
Dores no corpo;
Perda de peso;
Pouca resistência a infecções;
Fome acentuada.
Alterações no estilo de vida, com dieta balanceada, introdução de atividade física, controle da pressão arterial, pode prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes.
Siga as orientações do seu médico e tenha uma vida saudável!