10 de jun. de 2011

Proteína D surfactante no sangue indica risco aumentado de doença cardiovascular

Estudo norte americano mostra que a proteína D surfactante (SP-D), sintetizada principalmente nos pulmões, é um excelente marcador da doença cardiovascular

Na resposta defensiva do corpo aos muitos microorganismos e antígenos inalados a cada dia, a SP-D tem papel importante nos pulmões. Os níveis sanguíneos de SP-D aumentam quando os pulmões estão inflamados e funcionando mal. Os níveis dessa proteína no sangue também aumentam naqueles indivíduos que fumam ou que desenvolvem uma doença pulmonar crônica como asma ou enfisema.
Em pessoas saudáveis, os níveis de SP-D são baixos, mas quando o funcionamento pulmonar é prejudicado (por infecções, tabagismo, por exemplo), a SP-D é migrada dos pulmões para o sangue e, em seguida, para a circulação, aumentando a risco de aterosclerose.
A proteína tensoativa D (SP-D) é um elemento 43-kda da família colecitina de proteínas contendo domínio de lecitina de colágeno que é expressada em células epiteliais do pulmão.O estudo norte americano mostrou que os níveis circulantes de SP-D foram claramente associados a doenças cardiovasculares e à mortalidade total dos pacientes com doenças coronarianas diagnosticadas através de angiografias independente de outros fatores de risco bem estabelecidos (como a idade, o tabagismo, os níveis de colesterol e de proteína C-reativa).
Até então não existiam nenhum biomarcador aceito que pudessem prever esses acontecimentos. Outros estudos recentes mostraram que os níveis circulantes de SP-D são quase 40% maiores em fumantes ativos do que em pessoas que nunca fumaram, e aumentam ainda mais nos indivíduos com função pulmonar prejudicada.
Segundo Dr. Don Sin do Providence Heart and Lung Institute at St Paul´s Hospital, responsável pela pesquisa, a SP-D circulante no sangue pode promover a aterosclerose.
Com essa descoberta, esse biomarcador passa a ter um papel importante na investigação da doença coronariana e os marcadores tradicionais como colesterol total e frações e proteína C reativa ultra sensível, entre outros, passam a ser um coadjunvante na estratificação do risco em pacientes com doença cardiovascular.
A dosagem sérica de SP-D pode determinar quem tem doenças pulmonares e que também está em alto risco de doenças cardíacas e dos vasos sanguíneos.
No mercado laboratorial, a dosagem da proteína SP-D sanguínea, não está disponível para diagnóstico clínico até o momento.

8 de jun. de 2011

Antibióticos estão com os dias contados

Pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Terapia Celular e Imunologia, em Leipzig, descobriram nos peptídeos (proteínas), usados atualmente no mundo inteiro, uma alternativa aos antibióticos
Desde sua descoberta, os antibióticos estão entre as maiores descobertas da ciência da saúde até hoje.
As bactérias estão cada vez mais potentes, desenvolvendo mecanismos de resistência aos diversos antibióticos.
Quando se pensava que a luta da humanidade contra as infecções estava perdida, em fim, uma luz surge.
A equipe de pesquisadores alemães acaba de encontrar um equivalente terapêutico que pode vir a substituir a penicilina e similares.
Acredita-se que no futuro próximo os peptídeos antimicrobianos assumirão a linha de frente no combate às infecções.
Já foram identificados cerca de 20 curtas cadeias de aminoácidos que matam inúmeros micróbios, incluindo os enterococos, leveduras e “bolores”, assim como as bactérias patogênicas humanas, como a Streptococcus mutans, que faz parte da flora normal da cavidade oral humana e provoca a cárie dentária.
Segundo o Dr. Andreas Schubert, coordenador da pesquisa, mesmo a multi-resistente bactéria hospitalar Staphylococcus aureus não está imune aos peptídeos e, nos testes realizados, o seu crescimento foi consideravelmente inibido.
A eficácia dos peptídeos testados inclui não somente as bactérias e fungos, mas também os vírus lipídicos. Os peptídeos identificados nos testes do Dr. Andreas, não danificam as células saudáveis do corpo, um dado extremamente importante no tratamento de infecções.
Não muito distante, o terror das super-bactérias está com os dias contados.
Vários estudos devem surgir no intuito de busca de alternativas para se vencer essa batalha contra as infecções.