26 de nov. de 2010

Um olhar sobre a saúde do Brasil


O Brasil, um país em constante crescimento, embora muitos setores precisem de um olhar especial
No setor público
O Sistema Único de Saúde (SUS), apesar das críticas e todas as polêmicas à sua insuficiência e que padece de forma crônica de subfinanciamento, ainda é um importante promotor de inclusão social na área de saúde pública no Brasil.
O Programa de Saúde da Família do Governo Federal que já beneficia mais de 100 milhões de brasileiros tem trazido evidentes melhorias para diversos indicadores de saúde, como a mortalidade infantil, redução da desnutrição, erradicação e maior controle de várias doenças infecto-contagiosas e uma cobertura que ainda precisa ser melhorada no diagnóstico pré-natal.
Os governos, estadual e municipal, não colocaram ainda, quase nenhum foco na prevenção de doenças e no combate sistemático e amplo ao uso e no tratamento dos consumidores de drogas.
A saúde do idoso ainda não teve nenhuma política de atenção específica, apesar das estatísticas mostrarem o envelhecimento da população, alguma política nesse sentido deva surgir.
No atendimento de urgência/emergência, a rede Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que por sinal faz um trabalho bem eficiente, desafogou um pouco as unidades esgotadas em sua capacidade, porém, o atendimento às grandes emergências continua caótico e insuficiente. A construção de estruturas físicas apenas, sem se focar na matéria prima básica para um atendimento humanizado com profissionais qualificados e em números suficientes não resolve o problema.
A falta de recursos para a saúde gera uma precariedade gigantesca. O compromisso da presidente eleita como as melhorias no setor e a perspectiva do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com outra denominação e destinação exclusiva para a saúde, aportaria recursos importantes para o SUS, superando significativamente o subfinanciamento. Sendo aplicado de forma correta será um grande passo para a melhoria do setor.
A lógica das Parcerias Público/Privado (PPPs), sendo absorvida de forma ampla pelos gestores da área de saúde no estado e município e de forma responsável, será um grande avanço na melhoria dos serviços. O Hospital do Subúrbio na Bahia, já é considerado modelo para outros estados. É a Bahia saindo na frente e contribuindo com o desenvolvimento do nosso país.
No setor privado
Setor composto por operadoras de planos de saúde continuam mantendo seus altos lucros na sua maioria e acumulam reajuste mais de 131% nas mensalidades pagas pelos seus contratantes individuais desde a criação da Agencia Nacional de Saúde (ANS) e no mesmo período houve um reajuste acumulado de apenas 60% para os honorários profissionais e muitos procedimentos nem sofreram reajustes. Essa situação tem provocado uma movimentação das entidades de classe que reivindicam reajuste adequado aos procedimentos de atenção à saúde para 2011.
No segmento das análises clínicas, a situação continua crítica. A necessidade de mercado em investir em tecnologia, qualidade, qualificação profissional, cumprimento das normas exigidas pelas Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC)s da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mudanças sistêmicas como Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS), Terminologia Única de Sistema de Saúde (TUS) e os insumos com as precificações cada vez mais altas, têm elevado os custos no setor. Contudo, as operadoras continuam com o seu sistema de remuneração incompatível, levando em muitos casos as pequenas e médias empresas em busca da sobrevivência a se fundirem com as grandes que já dominam o mercado.
Aliado a isso ainda temos profissionais no mercado inescrupulosos e que não respeitam a si mesmos nem à sua profissão e só visam os lucros imediatos a qualquer custo, sem qualquer preocupação com o foco principal que é a saúde.
O que os profissionais que se propõem a trabalhar pela saúde têm de ter em mente é que quando o assunto é saúde não podem existir fronteiras e sim união de esforços para potencializar ações que efetivamente evidenciem resultados favoráveis para todos.
O momento atual não é de criticar e sim de acreditar, participar e torcer pela continuidade do crescimento do nosso país não só na saúde, mas nos diversos setores da sociedade. A luta por um Brasil sempre melhor e mais igualitário não deve deixar de existir. Uma presidenta, a nossa primeira mulher no "poder" pode e acredito que vai fazer história de sucesso no nosso país e temos mais é que contribuir para.

25 de nov. de 2010

Células-tronco induzidas

Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, conseguiram pela primeira vez converter células do líquido amniótico em células-tronco pluripotentes.
Foto: Divulgação
Essas células-tronco induzidas (iPS), derivadas do líquido amniótico, são difíceis de distinguir das células-tronco embrionárias.
E elas têm uma característica inusitada: elas se "lembram" de onde vieram.
Células iPS
As habilidades especiais das células-tronco embrionárias começam a ser usadas para cultivar múltiplas linhagens de células - por exemplo, células da pele ou células do cabelo.
Isto é feito mediante a reprogramação das células, convertendo-as em "células-tronco pluripotentes induzidas" - também chamadas de células iPS (induced Pluripotent Stem).
As células iPS possuem as propriedades típicas das células-tronco embrionárias, o que significa que elas podem gerar qualquer um dos tipos de célula do corpo humano (pluripotência), e podem se multiplicar infinitamente.
Células-tronco com memória
Os cientistas mostraram que as células iPS geradas do líquido amniótico podem formar diferentes tipos de células humanas.
Eles também descobriram que essas células-tronco pluripotentes induzidas podem lembrar o tipo de célula original que as gerou. Durante a reprogramação celular, vários genes que controlam o desenvolvimento das células-tronco são aparentemente ligados ou permanecem ativos.
Isto confirma os resultados de outras pesquisas recentes, que mostram que as células iPS derivadas de diferentes tecidos são propensas a seguirem a sua rota original de desenvolvimento, diferenciando-se espontaneamente.
"Nós simplesmente não sabemos ainda se essa memória da célula doadora terá um impacto sobre os possíveis tratamentos médicos, ou quais tipos de células iPS derivadas de células somáticas serão mais adequadas para tratamentos," afirma Katharina Wolfrum, uma das autoras do artigo, que será publicado no próximo exemplar da revista Plos One.
Células-tronco sem problemas éticos
Há grandes esperanças em relação às células-tronco, que se acredita poderem ser usadas, no futuro, para tratar várias doenças. Até hoje, porém, os embriões são a principal fonte destas células, o que tem levantado sérios problemas éticos.
Isto não acontece com as células-tronco derivados do líquido amniótico, que têm uma série de vantagens sobre outros tipos celulares.
Primeiro, células do líquido amniótico são rotineiramente colhidas em exames pré-natais, para permitir a detecção precoce de doenças. Na maioria dos casos, são colhidas mais células do que realmente necessárias para o exame, que podem ser reaproveitadas.
Além disso, o líquido amniótico contém diferentes tipos de células do feto, incluindo células parecidas com as células-tronco. Como elas não são muito velhas, elas têm menos mutações induzidas pelo ambiente, o que as torna geneticamente mais estáveis.
"Isto pode significar que seja possível reprogramar estas células do líquido amniótico mais rápido e mais facilmente do que outros tipos de células, tornando as células iPS derivadas do líquido amniótico um complemento interessante para as células-tronco embrionárias", explica James Adjaye, coautor do trabalho.
Fonte:Diário da Saúde

21 de nov. de 2010

O crescimento da obesidade infantil no mundo

Crianças obesas em 2020 serão mais de 60 milhões afirma estudo
Estudo publicado recentemente na revista The American Journal of Clinical Nutrition, quantificou a prevalência a nível mundial e as tendências de sobrepeso e obesidade entre crianças na fase pré-escolares em função dos novos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). A obesidade infantil está muito associada a sérios problemas de saúde e o risco de doenças e morte prematura na idade adulta.
O estudo relata que em 2010, 43 milhões de crianças estão em sobrepeso e obesos, sendo que 35 milhões são de países em desenvolvimento, outros 92 milhões encontram-se em risco de sobrepeso. A prevalência mundial de sobrepeso e obesidade infantil teve um aumento de 4,2% no ano de 1990 para 6,7% em 2010. A tendência é que em 2020 chegue a 9,1%,ou seja cerca de 60 milhões.
Na África a prevalência estimada foi de 8,5%. Em 2020 deve chegar a 12,7%. Na Ásia foi observada a prevalência mais baixa que na África, 4,9%.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo concluíram que desde 1990 o sobrepeso e a obesidade infantil têm aumentado de forma dramática. Mostrando assim a importância de medidas preventivas para conter essas tendências.