Diabetes Mellitus, mais conhecida como diabetes, é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (elevação de glicose no sangue) e associadas à complicações, disfunção e insuficiências de vários órgãos, especialmente, olhos, rins, cérebro, nervos, coração e vasos sanguíneos. O diabetes pode resultar de defeitos da ação e/ou secreção do hormônio produzido pelo pâncreas chamado insulina, envolvendo processos patológicos específicos como, por exemplo, destruição das células produtoras de insulina (células beta do pâncreas), resistência à ação da insulina, distúrbio da secreção da insulina, entre outros.
Quando o pâncreas pára de produzir insulina (destruição das células beta) se instala a diabetes tipo 1, é mais comum em crianças, jovens ou indivíduos com menos de 30 anos. Quando a insulina tem a sua ação e secreção alterada, se instala a diabetes tipo 2, esta é a forma mais presente da doença, cerca de 95% dos casos. Existe também a diabetes gestacional que é a elevação dos níveis de glicose e diminuição da ação da insulina no período de gestação. Existem outros tipos de diabetes, porém, menos frequentes.
O diabetes é uma doença crônica, com incidência e prevalência crescente em nosso país. Hoje se estima que cerca de 11% da população acima de 40 anos tem a doença. Este número varia com a idade. Essa doença apresenta alta morbi-mortalidade com diminuição significativa da qualidade de vida dos portadores.
O número de indivíduos com diabetes tem aumentado a cada dia, devido ao crescimento e envelhecimento da população, a maior urbanização, a crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida de pacientes com a doença.
O critério de diagnóstico do diabetes foi modificado pela American Diabetes Association em 1997 e aceito pela Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Diabetes. A dosagem da glicemia no plasma sanguíneo pode diagnosticar a doença. Os valores de glicemia no sangue em jejum de 8 horas devem ser inferiores a 100mg/dL, entre 100mg/dL e 126mg/dL devem ser reavaliados com testes confirmatórios e valores superiores a 200mg/dL de forma casual (qualquer hora do dia independente das refeições), associados aos sinais e sintomas, já pode considerar diabetes.
A dosagem de glicose realizada em gota de sangue serve como triagem ou como monitoramento diário do tratamento, porém, o diagnóstico final deve ser realizado através da dosagem no plasma sanguíneo em laboratório de análises clínicas e avaliação médica.
No controle da diabetes além da dosagem da glicemia, tem a dosagem da hemoglobina glicada que representa a média das taxas de glicose incorporada à hemoglobina no período de 90 dias. A frutosamina, que representa as taxas de glicose ligada à proteína no período de 2 a 3 semanas, que pode ser usada também quando a hemoglobina glicada não puder servir de parâmetro no controle da doença por razões metodológicas, em pacientes com algum tipo de hemoglobinopatias, anemias. O médico saberá o momento de indicar a realização dos mesmos.
A existência de casos de diabetes na família aumenta o risco em desenvolvê-la.
Principais sintomas:
Sede exagerada;
Boca seca;
Aumento no volume de urina;
Cansaço excessivo;
Dores no corpo;
Perda de peso;
Pouca resistência a infecções;
Fome acentuada.
Alterações no estilo de vida, com dieta balanceada, introdução de atividade física, controle da pressão arterial, pode prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes.
Siga as orientações do seu médico e tenha uma vida saudável!
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